Corantes, antibióticos, hormônios; proteína animal contaminada… você ainda está consumindo? – 08.02.2017

Corantes, antibióticos, hormônios; proteína animal contaminada… você ainda está consumindo? – 08.02.2017

Animais, de forma natural, podem transmitir doenças tradicionalmente conhecidas ao ser humano, como tuberculose, brucelose, febre aftosa, raiva, salmonela, toxoplasmose, cisticercose, intoxicação alimentar, etc. Vacinas aplicadas ao animal, como também processos como o de cozimento, refrigeração ou pasteurização não garantem que a carne, leite e ovos estejam isentos de contaminação. De forma natural, a gordura, hormônios e a proteína animal são maléficas ao organismo humano, que não está fisiologicamente adaptado para absorvê-los. O ideal seria a ingestão da gordura e da proteína vegetal, essencialmente distinta da de origem animal. Esses insumos de origem animal são relacionados a uma variedade enorme de doenças.

saude-proteina-vegetal— Você sabe a qualidade do salmão que  está comendo?

De iguaria rara à opção de refeição saudável encontrada facilmente em qualquer bufê a quilo ou restaurante japonês. Em menos de duas décadas, o salmão se tornou um peixe popular no Brasil devido ao paladar que agrada muita gente, aos propalados benefícios à saúde e ao fato de ter tido o preço reduzido. Isso só foi possível devido ao aumento da criação do peixe em cativeiro, tornando a oferta bem maior e o produto, mais barato.

De tempos em tempos, no entanto, textos se disseminam em alta velocidade nas redes sociais condenando o consumo do salmão de cativeiro – que seria repleto de corantes e antibióticos e, portanto, maléfico à saúde. Para tirar isso a limpo, a BBC Brasil procurou alguns dos maiores especialistas do país em nutrição e também em criação de peixes em cativeiro. Em resumo, eles dizem que não há motivo para tanta preocupação (como se saúde tivesse grau de preocupação…)

De acordo com José Eurico Possebon Cyrino, especialista do setor de piscicultura da Escola Superior de Agricultura da USP, qualquer diferença de origem do pescado se reflete na sua composição.

“A composição corporal do salmão capturado no Alasca é diferente daquela do salmão capturado no Canadá, que é diferente daquele capturado na Europa”, explica. “Em peixes, mais do que em qualquer outro animal, vale o aforismo: ‘você é aquilo que você come’”.

De acordo com os textos que circulam na internet, o problema seria justamente a alimentação do animal de cativeiro. Os animais criados em viveiros teriam menos Ômega-3 que os selvagens e seriam coloridos artificialmente com substâncias supostamente causadora de câncer, problemas de visão e alergias.

“As rações utilizadas na salmonicultura são muito boas, excelentes mesmo”, diz Cyrino, que também é professor da USP. “Assim não fosse, as operações seriam econômicamente inviáveis; os animais simplesmente morreriam (a má alimentação causa um colapso do sistema imunológico do animal).”

Nota do Monicavoxblog – Boa para quem? Para o peixe ou para os seres humanos?? Ou para os produtores do peixe??

Supervisor da área de Pesca e Aquicultura da Embrapa em Palmas (TO), Giovanni Vitti Moro vai na mesma linha.

“A farinha utilizada como ração para peixes carnívoros é obtida a partir de resíduos do processamento de peixes ou de peixes inteiros capturados para este fim”, explica Vitti Moro. “Esse ingrediente não traz nenhum risco para a saúde humana(??), nem para os peixes, desde que processado de maneira adequada.”

Ainda de acordo com o especialista da Embrapa, o uso de corante tampouco representa problema(??).

“Eles geralmente são produzidos a partir de leveduras, de forma natural(?), sendo que os que são utilizados são compostos carotenóides (pigmentos naturais encontrados em alimentos como a cenoura), acrescentou Moro.

salmao-danos-a-saudeNota do Monicavoxblog – Se o peixe é saudável comendo a ração administrada, por que razão pigmentá-lo, somente para colori-lo ou dar uma aparência mais saudável? Ou até mascarar a aparência do peixe, já que ele se alimenta de compostos artificiais?? Fica a pergunta no ar…

O salmão criado em cativeiro não tem necessariamente a mesma composição corporal do animal selvagem, mas isso não significa que seja de qualidade inferior,(??) sustenta Cyrino. ”Muito pelo contrário: mesmo que ligeiramente diferente na composição, é um alimento da melhor qualidade nutricional.”

Nota do Monicavoxblog – O Salmão começou a virar moda entre as pessoas que queriam deixar de comer carnes vermelhas por causa do tão apregoado Ômega 3; Ômega 3 é um conjunto de ácidos graxos poliinsaturados, o que significa que eles têm duplas ligações entre as moléculas de carbono da sua estrutura, iniciando no terceiro carbono mais distante do radical carboxila, o que os diferencia dos Ômegas 6 e 9. É uma definição química importante para classificar esses tipos de óleos essenciais, ou seja, óleos que os seres humanos não produzem e têm que adquirir da natureza. Os Ômega 3 são compostos principalmente por ácido docosahexaenóico – DHA e ácido eicosapentaenóico – EPA. Esses ácidos graxos são encontrados em peixes de água profunda e fria que, ao comerem pequenos crustáceos (chamados de krill em inglês) e algas, se transformam no reservatório de Ômega 3. Um bom Ômega 3 deve ser ultrafiltrado, livre de mercúrio, armazenado em vidro escuro e ter a maior concentração de DHA e EPA no seu serving size. Quando compra-se um frasco de cápsulas de Ômega 3, no verso existe um rótulo que determina qual a concentração de DHA e EPA por cápsula – quanto maior a concentração, melhor é o produto. Infelizmente, no Brasil, poucas marcas preenchem esses requisitos e a grande maioria está contaminada com mercúrio, oferecendo um risco maior do que o benefício. Existe um grupo internacional chamado The International Fish Oil Standards Program – IFOS, que classifica os produtos disponíveis no mercado e lista as melhores marcas de Ômega 3.

— O salmão que os brasileiros consomem é chileno…

Não há criação de salmão no Brasil. Mas o consumo se popularizou ao longo dos últimos anos devido ao aumento da criação no Chile. Há dez anos, o Brasil importava 10 mil toneladas do peixe do país vizinho. Hoje, já são 80 mil.

salmaoA economia da criação de peixe em cativeiro -FOTO: Aquabounty/Reuters (Salmão transgênico de 1,5 ano, comparado a um salmão não transgênico, da mesma espécie e da mesma idade.)

A geração de empregos diretos e indiretos pela aquicultura é um benefício socioeconômico palpável. Preço ainda é uma questão delicada (embora o salmão de cativeiro seja mais barato que o selvagem, ainda é um produto caro), mas, certamente, se não fosse o desenvolvimento da salmonicultura, não haveria salmão inteiro, em postas ou em filés disponíveis nas gôndolas frias dos supermercados brasileiros.

Nota do Monicavoxblog – E cada vez mais as pessoas consomem sem saber o que consomem, apenas por causa de propaganda enganosa de comida saudável e supostamente ecologicamente correta…

A especialista Marília Oetterer, do Laboratório de Tecnologia do Pescado da Escola Superior de Agricultura da USP, lembra ainda que a importação de salmão de cativeiro propiciou um aumento significativo do consumo de peixe no país, o que é positivo(??).

“O pescado em geral apresenta todos os aminoácidos essenciais, sendo rico particularmente em lisina, que, no peixe, encontra-se em maior quantidade do que nas outras carnes, no ovo e no leite”, afirmou a especialista. “Cerca de 250 gramas por dia de pescado representa adequação de todos os aminoácidos essenciais.”

Nota do Monicavoxblog – A Alga Chlorella é o único vegetal do planeta que contém todos os aminoácidos do corpo humano em estado natural e está sem alteração como há milhões de anos; de fácil cultivo, é consumida na Ásia desde sempre e é considerada um suplemento alimentar de altíssima qualidade, tanto que é levada nas missões espaciais afim de suplementar a alimentação dos astronautas.

— Antibióticos

Os especialistas explicam que antibióticos são eventualmente usados misturados à ração dada aos peixes para prevenir(??) parasitoses nos animais. Esses remédios, segundo eles, não fazem mal ao homem. E sua administração segue uma rígida legislação(??).

“Qualquer medicamento utilizado na produção animal no Brasil e no mundo deve respeitar um período de carência antes do processamento e da venda do produto”, explica Vitti Moro, da Embrapa. “A legislação que controla a comercialização dos produtos de origem animal para consumo humano define os tempos (de carência) para cada tipo de medicamento, não sendo permitida a comercialização caso esse tempo não seja respeitado.”(??)

Sobre possíveis fraudes, a especialista afirma ainda: “Hoje, há inspeções regulares da Anvisa(??). As amostras são submetidas a análises instrumentais e é feito ainda o sequenciamento genético; uma forma eficiente de detectar, pelo DNA da amostra, qualquer provável fraude(??). “O especialista da Embrapa acrescenta: “Todo produto de origem animal que entra no país passa por um rigoroso controle e fiscalização. Não é permitido entrar em território nacional nenhum produto importado que traga algum risco à saúde humana.”

Nota do Monicavoxblog – Nossa saúde não pode depender de coisas como essa. Melhor prevenir do que remediar…

Veja o que o Dr. Lair Ribeiro fala do Salmão:

Veja o que o Dr. Lair Ribeiro fala do Ômega 3:

Visão pessoal…

Este é um resumo de citações de profissionais e obras especializadas sobre o impacto do consumo de produtos animais (carne, leite, ovos e seus derivados) na saúde humana. As proteínas, depois da água, são os constituintes de maior quantidade no organismo. Elas são importantes nos processos de coagulação sanguínea, na formação de anticorpos, na catalisação de reações químicas, elas transportam substâncias no nosso organismo, constroem novos tecidos, são matérias prima para alguns hormônios, entre outras funções. Existem  pesquisas que vêm mostrando que os vegetarianos têm menor risco de serem acometidos câncer, doenças cardiovasculares, aumento da pressão arterial e transtornos intestinais. Mas certamente, essas pessoas que optam por não comer os alimentos de origem animal, precisaram de um “olhar mais minucioso”, quando o assunto é escolha dos alimentos. Nesse sentido, o ideal é procurar um profissional nutricionista/nutrólogo, que irá traçar um planejamento alimentar personalizado. Na verdade, a exclusão dos alimentos de origem animal da alimentação implica na substituição por outros alimentos, e o nutricionista/nutrólogo competente saberá fazer isso de forma muito satisfatória. Na maioria dos casos, é necessário ter cuidado especial com vitamina B12, vitamina D, o cálcio, ferro e zinco. O vegetariano bem consciente que controla sua alimentação não é anêmico de jeito nenhum. A deficiência de ferro no organismo não é exclusividade dos vegetarianos e aparece também em pessoas que têm dieta pobre em ferro, o tipo da doença mais comum, mas também com baixos índices de zinco e vitaminas B12 (cujas proteínas de origem animal, incluindo leite e derivados – que são um veneno e estão altamente contaminados com hormônios e antibióticos, vacinas e substâncias cancerígenas – são as principais fontes) e proteínas. Quando bem planejada, a dieta vegetariana é viável em qualquer fase da vida. Já dietas onívoras estão mais sujeitas às doenças do excesso alimentar. As dietas veganas apenas exigem um cuidado maior com relação ao cálcio e vitamina B12. A partir do terceiro ano de veganismo, é necessária uma suplementação de vitamina B12, pois não existe a ingestão da vitamina. Não há nenhum componente presente na carne que não seja encontrado nos outros alimentos utilizados pelos vegetarianos. A dieta vegetariana (inclusive sem ovos, queijo e leite), bem planejada, promove crescimento e desenvolvimento normais; a proteína vegetal é encontrada nos feijões, lentilhas, soja, amendoim, grão de bico, ervilhas, amendoim, castanhas e outra infinidade de alimentos, que serão tratados em posts posteriores sobre A Cozinha de Monicavox… aguardem.

Inspiração…

PDF – Microbiologia dos Alimentos.pdf – (CCA) – UFSCar

PDF – Segurança Alimentar de Produtos de Origem Animal – POA

PDF – Nitritos e nitratos: venenos ou nutrientes? – UFRGS

PDF – Toxinfecção alimentar por Salmonella spp – Unip

PDF – Métodos de análise de alimentos

Lista vermelha de peixes – Greenpeace

Recomendo…

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Fonte – Monicavox

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