Os Cientistas da Nova Era – Ervin Laszlo – A Ciência e o Campo Akáshico – A Teoria Integral de Tudo – 16ª Parte – 06.10.2015

Os Cientistas da Nova Era – Ervin Laszlo – A Ciência e o Campo Akáshico – A Teoria Integral de Tudo – 16ª Parte – 06.10.2015

Ervin Laszlo nasceu em Budapeste, Hungria, em 1932. Filósofo da ciência, teórico de sistemas, pensador integral e pianista clássico húngaro, publicou cerca de 75 livros e 400 artigos e gravou vários concertos para piano  Em 1993  fundou o Clube de Budapeste, uma associação internacional informal dedicada ao desenvolvimento de uma nova forma de pensar e de uma nova ética para ajudar a resolver os desafios sociais, políticos, econômicos e ecológicos do século 21. Em 2004 e em 2005, foi nomeado para o Prêmio Nobel da Paz. Ervin Lászlo, titular do mais alto grau da Sorbonne (Doutorado), é reciptário de quatro Ph.Ds honorários e numerosos prêmios e distinções, incluindo o Goi 2001-Award (Prêmio da Paz do Japão). O autor de mais de 400 artigos e 74 livros traduzidos para 20 idiomas, ele vive na Toscana.

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“Sabemos que as interações entre as coisas do mundo físico são mediadas pela energia. A energia pode adotar muitas formas. A energia precisa ser transportada por alguma coisa, ela não atua no vácuo. Em vez disso, os cientistas estão agora chegando à clara percepção de que realmente atua em um vácuo, a saber, no vácuo quântico. O vácuo está longe de ser vazio: como já vimos antes, ele é um Plenum Cósmico ativo e fisicamente real. Ele transporta não apenas a luz, a gravitação e a energia em suas várias formas, mas também a informação, mas exatamente, a “in-formação”. Para a maioria de nós a informação são dados ou as coisas que uma pessoa conhece. Os cientistas que estudam a realidade física e a vida estão descobrindo que a informação se estende muito além da mente de uma pessoa individual, ou até mesmo de todas as pessoas consideradas em seu conjunto. Como os antigos sábios já conheciam, e os cientistas estão hoje redescobrindo, a in-formação está presente no mundo independentemente da volição e da ação humanas, e é um fator decisivo na evolução das coisas que suprem o mundo real. A base para criar uma teoria de tudo é o reconhecimento de que a in-formação é um fator fundamental da natureza”. Ervin Laszlo 

Cientistas-Post-06.10.2015-1Esse conceito de In-formação é bastante interessante e acredito que tem bastante em comum com as teorias da psicologia Transpessoal e Analítica, entre outras. Este conceito esbarra no conceito de Inconsciente Coletivo, que abarca a memória ancestral da humanidade, onde encontramos os arquétipos, princípios universais, idéias estruturantes comuns a todos os homens. Muitas vezes citamos sobre arquétipos, quando falamos das imagens arquetípicas de um sistema oracular, mas o campo da “in-formação”, me faz refletir o que seria uma espécie de “inconsciente universal”, até mesmo sobre-humano, além planeta Terra, ao qual tem os dados genéticos de toda criação, mas que não excluem os nossos arquétipos, visto que somos todos oriundos do mesmo ponto BIG BANG! Humanos com expansão da consciência muitas vezes retratam que o encontro com o numinoso é algo complexo de conceituar, quando não experienciar e suportar esses “dados akáshicos” de outras dimensões, mas lidamos com ele dentro dos limites de nossas percepções. Digamos que o processador de nossa mente não é ainda muito atualizado. Segundo o físico Ervin Laszlo, através de estudos científicos percebe-se que tribos que não nunca tiveram contato entre si compartilham informações. Em laboratório, pessoas demonstram a capacidade de transferência de impressões e imagens, principalmente quanto possuem algum tipo de vínculo afetivo, ou da mesma genética. Isso é muito análogo ao que o grande mestre Carl Jung escreveu a respeito sobre a teoria dos arquétipos e inconsciente coletivo. Mas as conexões vão ainda mais além.

Então, compreendendo: podemos pensar a in-formação no sentido de algo que dá forma, estrutura e que compõe todos os tipos de sistemas, seja ele do micro ou macro cosmo. É algo que organiza a matéria e suas diferentes faixas vibracionais. Tudo é composto de átomos, partículas e a in-formação é o que diz como vai ser estruturada a energia que forma a matéria, seja em árvore, gato, humano ou galáxia. Ao que tudo indica, isto também ocorre com os pensamentos, fato que são energia. Os elétrons que temos hoje são os mesmos, desde a aurora dos tempos. Ou seja, um elétron que estava em uma estrela, pode estar trafegando por você neste instante na grande dança cósmica, enquanto a informação da matriz cósmica mantém a integridade da forma de cada coisa como conhecemos. E nos elétrons está toda a informação vivenciada pela estrela e agora por você.

Cientistas-Post-06.10.2015-2Akasha (ska a-ka ‘) é uma palavra sânscrita que significa “éter”: espaço que tudo permeia. Originalmente significando “radiação” ou “brilho”, em akasha na filosofia indiana foi considerado o primeiro e mais fundamental dos cinco elementos – outros são vata (ar), Agni (fogo), ap (água), e prithivi (terra). Akasha abraça as propriedades de todos cinco elementos: é o útero do qual tudo o que percebemos com nossos sentidos emergiu e no qual tudo acabará por voltar a descer. O Akashic Record (também chamado de O Akashic Chronicle,) é o registro de tudo o que acontece, e é sempre duradouro, è o registro de tudo o que aconteceu, no espaço e no tempo.

– Uma entrevista com Ervin Laszlo sobre a Transição Planetária e as Ondas Cósmicas

1 – O senhor assinala, em vários trechos da sua obra, a profusão cada vez maior de informações e as ligações que diferentes disciplinas têm entre si, o que faz que uma transformação da consciência seja necessária e decisiva para a orientação da humanidade como um todo. De acordo com certos pontos de vista, não é apenas nossa mãe Gaia, a terra, a causa da nossa situação, mas também as estrelas e o cosmos. Muitos sábios e mestres antigos, assim como os rosacruzes do século XVII, disseram que as radiações cósmicas aumentariam de intensidade, o que obrigaria a humanidade a reagir, causando grandes mudanças e modificando a consciência humana totalmente. O senhor concorda com esse ponto de vista? O senhor acredita que estamos evoluindo para nos tornarmos seres cósmicos conscientes de muito mais coisas do que a lei da sobrevivência do mais forte?

EL – Acredito que essa modificação é necessária. A evolução da consciência não é somente uma possibilidade ou uma opção, ela tornou-se obrigatória a fim de assegurar nossa sobrevivência. A consciência humana atual vai provocar o fim deste mundo. Ela criou uma situação mundial catastrófica. É uma consciência fragmentária, egocêntrica, nacionalista, orientada para o Ocidente e para a Europa em particular e que nada tem de planetária. Ela não possui ética e é incapaz de assegurar a vida de seis bilhões e meio de seres humanos. Portanto, sua evolução e sua mudança são obrigatórias. Acredito ver uma aceleração produzir-se nessa área, pois cada vez mais novos valores culturais emergem. Cada vez mais pessoas se dão conta de sua responsabilidade, da idéia de preservar o mundo e a humanidade, e do fato de que todos os seres humanos estão interligados. Há quem diga que essa aceleração é provocada pelas energias de alta frequência que agem na terra sob a forma de influências extraterrestres. Penso que isso seja possível, mas não temos provas científicas a respeito. O que se pode afirmar é que aparecem cada vez mais novas formas de sociedade, o que é bom para o futuro, pois sem nova consciência não pode haver nova sociedade, e sem uma nova forma de sociedade não poderemos sobreviver nesta terra. 

2 – Podemos medir essas radiações de forma científica? Podemos medir essas influências exercidas sobre o planeta? De várias fontes ouvimos dizer que a frequência vibratória da radiação fundamental do planeta aumentou devido às radiações cósmicas primordiais, ou ao aumento das radiações do sol. 

EL – O que podemos medir em nível material diz respeito basicamente às flutuações dos campos eletromagnéticos, e estes dependem da atividade do sistema solar, particularmente do sol. Podemos medir isso, e fica claro que no final de 2012 essa atividade atingiu um ápice e provocou um deslocamento da polarização magnética da terra. Sabemos disso. Isso é importante, porém mais importante ainda são as informações que o cérebro pode apreender. Nossos instrumentos não são tão sensíveis quanto nosso cérebro e nosso sistema nervoso, e há muitas percepções que o nosso cérebro registra que nossos instrumentos mais sensíveis não são capazes de captar. Primeiro esses instrumentos deveriam poder registrar informações de forma interativa. Quando medimos a propriedade de um objeto, interagimos com a energia desse objeto. Porém, as energias demasiado sutis não transmitem informação suficiente no plano material. O que o cérebro é capaz de perceber em alguma parte da nossa consciência não é uma informação energética passiva, tal como a percepção de algo físico e concreto. Qualificamos o que ele percebe de informação ativa. Foi David Bohm (1917-1992) quem fez essa descoberta. O “eu quero” representa uma energia sutil, mas não é algo que podemos medir fisicamente de maneira normal. No entanto, continua sendo uma realidade, que aparece em nível quântico, não-local. Ela é interativa e comunicativa no nível da consciência humana.

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3 – Essa informação seria o mais importante fator na questão da mudança de consciência?

EL – Ela dá à consciência a possibilidade de mudar. É bom nos perguntarmos se a consciência pode evoluir baseada em si mesma. Com certeza ela evolui quando recebe um estímulo. Sob esse ponto de vista, esse estímulo aparece hoje na forma de uma ameaça cada vez maior, e essa ameaça pesa muito na nossa consciência. Se tudo estivesse bem em nosso mundo, não haveria necessidade de mudança. O ser humano abre-se nesse momento cada vez mais às possibilidades alternativas.

4 – O senhor foi um bom pianista e ainda é. Se considerarmos a quantidade impressionante de suas publicações, somos forçados a concluir que o senhor se dedicou intelectualmente de forma intensa sobre as condições da existência humana. Se estudarmos os escritos e legados do ensinamento universal de toda a humanidade, vemos, muitas vezes, que eles falam de uma nova ligação, de uma unidade harmoniosa entre a cabeça e o coração. O coração é sem dúvida o órgão mais sensível às novas vibrações cósmicas superiores. Sua abordagem não exclui dessa mudança o homem que não tem inclinação científica? O senhor considera, nesse contexto, a tarefa das atividades internas do coração?

EL – Devo ser fiel à natureza da nossa sociedade e à maneira como percebemos a informação. Penso que uma grande parcela de informações não chega até nós simplesmente porque passa pelo filtro de uma mentalidade ocidental e materialista condicionada pela pesquisa experimental. Não se deve ter um espírito tão científico. Pensar de uma forma científica estreita, racionalista, é mais grave do que se possa imaginar, pois já não temos a capacidade de ser receptivos às informações provenientes de outras origens. Se você diz que o que elas relatam não pode existir, você bloqueia essas informações e já não pode percebê-las. Em termos gerais podemos dizer que acreditamos no que percebemos. No fundo o que é preciso não é considerar as coisas de forma científica, mas ser sensível às nossas intuições, à coesão subjacente das coisas e à ligação natural entre todos nós, assim como à biosfera e ao cosmo. É por isso que eu penso que a racionalidade mal aplicada é mais perigosa do que tudo.

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5 – O senhor abordou um assunto interessante, a ligação natural entre todos, a solidariedade. O senhor fala sobre isso no seu livro Ciência e o campo do Akasha: Uma teoria integral de tudo, e em outro sobre os sistemas termodinâmicos abertos que evoluem. O senhor diz também que as opiniões dos homens são combinações extremamente desenvolvidas de sistemas. Jan van Rijckenborgh, insiste sempre na unidade de grupo e na necessidade de desenvolver um sistema muito diferente que não considera a consciência individual com todas as suas limitações. Ele afirma que a etapa do próximo período é aquela em que o homem deve trabalhar e viver em unidade de grupo. O senhor já refletiu alguma vez sobre esse aspecto?

EL – Os seres humanos estão sempre pressionados a atingir objetivos que ultrapassam seus modelos egocêntricos. Nunca fomos indivíduos realmente egocêntricos, a não ser Robinson Crusoé. Fazemos sempre parte de uma sociedade, seja ela qual for. Ao longo da nossa história ocidental o sentimento de comunidade foi sempre mais forte do que nos últimos duzentos anos. Aliás, um “eu” se desenvolveu, uma personalidade, cada vez mais individualista. A personalidade, a individualidade do ocidental, aumentou muito na sociedade. Porém, tanto indivíduos como grupos que reconhecem e assumem suas responsabilidades são necessários. Um célebre escritor disse: “O homem, como todas as coisas, forma um todo enquanto sistema organizado, mas é ao mesmo tempo parte de um todo maior”. No momento presente devemos integrar-nos numa comunidade, pois nossa comunidade muda. Não somos somente uma família, uma tribo, uma cidade ou uma nação; vivemos em contato com cada vez mais gente, formando uma comunidade global. As trocas de informações em nível mundial pelos meios de comunicação modernos exercem grande papel nisso tudo. Nossa sociedade tornou-se pouco a pouco mundial. O problema é que ainda reagimos com uma consciência tribal, muitas vezes de tendência totalmente chauvinista. Em se tratando de uma cidade, de uma etnia ou de um país, baseamo-nos no princípio de que “fazemos parte” e que são “os outros” que ocupam o resto do mundo. Agora isso já não é possível, porque tudo o que fazemos se volta contra nós, o que fazemos aos outros fazemos a nós mesmos. Para que vivamos numa comunidade como a sociedade mundial, devemos desenvolver uma espécie de unanimidade. Essa aldeia global nos diz respeito porque é a comunidade de todos os seres humanos, a comunidade de todos os que vivem nesta terra. E, até certo ponto, é uma comunidade que conhecemos muito pouco: a unidade de toda a vida no grande universo. Ela existe, mas não possuímos informações detalhadas a esse respeito.

6 – Se fizermos a escolha certa, o senhor enxerga a possibilidade de uma evolução levando a consciência individual a uma consciência planetária, e talvez mais longe, a uma consciência cósmica?

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EL – Se conseguirmos sobreviver, sim! Mas não é uma evolução ou um desenvolvimento automático. Não, para essa evolução não existe garantia. Seria uma questão de escolha que temos de fazer? Na qualidade de homens conscientes temos o poder de julgar nossas possibilidades e fazer escolhas deliberadas. Portanto, podemos deixar de exercer uma racionalidade muito estreita fundamentada em nosso mental intrincado. Devemos adquirir uma racionalidade holística pensando na coesão de tudo no universo, no sistema vital inteiro onde existimos. O universo é uma totalidade viva que evolui sem cessar. É um todo coerente do qual fazemos parte, mas se não o compreendemos, acontece então uma ruptura entre ele e nós, o que é muito perigoso para nós e para o próprio planeta.

7 – O senhor já estuda esse tema há mais de dez ou vinte anos? 

EL – Na verdade já são quarenta e cinco anos. Meu primeiro livro foi publicado em Haia em 1953. Após todo esse tempo, considerando-se que estamos nos aproximando rápido de uma situação presumidamente caótica, o senhor continua otimista em relação à mudança de consciência? Porque como ela deve acontecer ainda é uma questão aberta. Tenho esperança. Não sou nem otimista nem pessimista, tento continuar sendo um ativista. Ou melhor, procuro ater-me à palavra “possibilidade”. O slogan que acompanha as eleições presidenciais nos Estados Unidos resume o meu ponto de vista: “Podemos chegar lá!” E é por isso que este congresso acontece aqui, hoje. Ele está voltado para o individual, o “fator humano”, os valores individuais são a chave do negócio. Ainda é o que há de mais importante: pois a tecnologia e a política seguirão o fator humano sempre, é obrigatório. Einstein disse um dia: “Não podemos resolver problemas com o mesmo tipo de pensamento que deu origem a eles”. Pode-se aplicar as melhores tecnologias, no entanto se você permanece preso às sua antigas formas de pensar, apenas conserva a antiga cultura e o sistema ultrapassado, e não muda nada.

8 – Como o senhor enxerga atualmente o mundo? Estamos caminhando para a massa crítica que desencadeará a grande mudança?

EL – Já nos encontramos em uma “janela caótica”, uma janela, uma abertura no tempo. Acredito consequentemente que todas as escolhas críticas são possíveis. Devemos tornar-nos sobretudo mais conscientes da mudança climática e do aquecimento da terra. É o que está mais visível atualmente. No entanto, falta resolver também os problemas concernentes às necessidades de alimentação e água, ao aumento das doenças, à superpopulação nas cidades e à pobreza. A mudança climática, pelo menos, já tem atraído amplamente a atenção da mídia. E o senhor percebe alguma mudança? É preciso ter consciência de que, do jeito que está, o mundo não pode sobreviver. E é importante compreender que o tempo de que dispomos é mais curto do que pensamos. É bem capaz que em dez anos possam acontecer mudanças essenciais, é mesmo possível que até o final desta década tenhamos mudado em relação ao uso da água, do ar, do solo etc.

9 – Ao longo desses cinquenta anos, o senhor verificou uma mudança no público em relação à sua inquietude sobre a questão da terra?

EL – Com certeza ele se tornou mais consciente dos problemas do planeta. No sentido do primeiro impulso, que aconteceu em 1972 com o primeiro relatório do Clube de Roma. Ninguém falou dos problemas planetários, apenas se falou da liberdade, da política, da justiça econômica e outras questões do gênero. Os problemas da humanidade não foram abordados. Eles surgiram nesses  últimos anos e foram colocados seriamente em evidência. Em relação a eles, podemos falar de uma progressão exponencial da consciência!

Cientistas-Post-06.10.2015-6– Por que é a consciência tão potente? – Por Ervin Laszlo

A consciência mais evoluída significa um novo pensamento, e é a chave para uma nova civilização. Uma nova civilização, por sua vez, é a chave para o bem-estar, e mesmo para a sobrevivência da humanidade. Esta evolução tornou-se uma condição prévia da nossa sobrevivência coletiva. Você pode ajudar a humanidade sobreviver; você pode evoluir sua consciência. Uma forma de fazer isso é entrar em um chamado ASC: um estado alterado de consciência. Introduzir os estados alterados de consciência que são típicas da meditação profunda e intensa oração sincera e espontânea é particularmente importante. Elas permitem que você experimente uma profunda unidade com os outros ao seu redor, bem como com a natureza. Nas culturas mais avançadas espiritualmente, ASC foram regularmente experimentadas: Elas eram altamente valorizadas e incentivadas e elas são acessíveis a pessoas modernas. Pessoas que estiveram perto da morte em um acidente ou doença voltaram a partir desta experiência-estado alterado e começaram a ver a vida de uma maneira nova. Eles têm uma nova apreciação da existência e reverência para com a natureza, evoluem suas profundas preocupações humanitárias e ecológicas e encontram diferenças positivas entre as pessoas, seja na área do sexo, raça, cor, língua, convicção política ou crença religiosa, interessante e enriquecedora, em vez de ameaçar, julgar  e racionalizar.

– Experimentando um estado alterado de consciência

Pessoas que sofreram um estado profundamente alterado de consciência, percebem que eles não podem fazer nada para a natureza sem, simultâneamente, fazer isso para si mesmos, e que outras pessoas – em partes distantes do mundo, ou de gerações ainda por vir – não vão separar-se deles e seu destino não é uma questão de indiferença. Quando você se torna inteiro, você pode começar a fazer o mundo todo ”fazer sentido” ao seu redor . Como você pode se tornar inteiro? Nós precisamos começar por nós mesmos. No crescente stress da vida quotidiana, estamos perdendo contato com nós mesmos, com a natureza e com o que é realmente importante na vida. Em um ensaio escrito há 150 anos, intitulado “A Vida sem Princípio“ Henry David Thoreau, pediu-nos que nós tomemos consciência do momento de considerar a maneira em que nós passamos nossas vidas. Em nossos dias, não podemos nos livrar da “agitação de negócios incessante”, como Thoreau fez mais tarde, vivendo durante dois anos em uma cabana na floresta, mas podemos reservar algumas horas, e um dia ocasional, para entrar em contato com nós mesmos, com a natureza, e com aqueles que nos rodeiam. Este é um primeiro passo essencial e no caminho para o crescimento interno. Quando você fizer isso, você já está no caminho para a evolução de sua consciência.

– Aterramento: Entrando em contato com o seu corpo

Outro passo que você pode tomar é entrar em contato com seu corpo. Nós usamos o nosso corpo como usamos o nosso carro ou computador: dar-lhe comandos para nos levar onde queremos ir e fazer o que nós queremos fazer. Nós vivemos em nossa mente, com pouco tempo e disposição para viver com o nosso corpo. Estamos perdendo o chão sob nossos pés. Métodos simples podem ajudar você a se aterrar. Eles incluem formas tradicionais, como Tai Chi, Qi Gong, Yoga, métodos holísticos de Ayurveda e outros com exercícios, bem como técnicas novas e antigas de respiração e técnicas de relaxamento profundo. Mesmo um exercício simples, praticado regularmente, pode ajudar a conseguir contato com seu corpo. Você vai se recuperar um pouco da sensação de inteireza que as pessoas modernas perderam no estresse e tensão da existência cotidiana.

– Purificação Emocional: negativo para positivo

As tensões e deformações da existência também podem ter um impacto sobre a nossa vida emocional, e que, também, precisa de atenção. Não é que nós perdemos o contato com nossas emoções – nós sabemos muito bem delas a maior parte do tempo. Só que, muitas vezes são o tipo errado de emoções. Os sentimentos negativos como raiva, ódio, medo, ansiedade, desconfiança, ciúme, desprezo e indiferença dominam o teor da existência moderna. Eles resultam de experiências de vida, que são principalmente negativas. Com algumas exceções, até mesmo a educação infantil é baseada em reforços negativos, como a punição e a ameaça de fracasso. Um ciclo vicioso detém a maioria de nós em suas garras: Experiências negativas geram atitudes negativas que criam experiências mais negativas. Este ciclo deve ser quebrado. Você precisa fazer um balanço de seus sentimentos e fazer um esforço consciente para transformar emoções negativas. Não é fácil substituir o ódio com o amor, a desconfiança com confiança, o desprezo com respeito, ciúme com apreço e ansiedade com a auto-confiança, mas isso pode ser feito.  Há também técnicas seculares. Experiências em grupo podem ser uma alternativa, que permitem que você compartilhe seus medos e esperanças.

– Entrando em contato com os outros e com a Natureza

Se você faz uma tentativa sincera de purificação emocional, o ciclo vicioso de experiências negativas gerando ainda mais experiências negativas será substituído por um ciclo virtuoso de sentimentos positivos em relação aos outros, gerando compreensão e empatia em família, amigos, colaboradores e da comunidade. Recuperando seus laços com os outros e com a natureza, integrando o corpo e a mente, e transformando suas emoções estão as necessidades e os significados. Eles são valiosos em si mesmos e também servem como passos no caminho para um maior crescimento. Quando você está aterrado em seu corpo e centrado em suas emoções, quando você está em contato com a natureza e com os outros ao seu redor, você pode abrir o seu corpo-mente para o mundo e tornar-se uma parte positiva da sua transformação.

Cientistas-Post-06.10.2015-7– As insustentabilidades

Entre as sociedades humanas e a natureza houve uma relação de insustentabilidades devido a diversos fatores conjugados: a superpopulação mundial, o uso desenfreado de recursos físicos do planeta e a degradação dos recursos básicos para a sobrevivência no planeta: a água, o ar e o solo. Temos também as insustentabilidades sociais, com a diferença abissal entre populações ricas e pobres, causando do lado dos pobres inacessibilidade crescente aos recursos físicos e biológicos do planeta, e, por outro, os ricos consumindo desmedidamente, causando uma desigualdade social, geradora de diversos níveis de desequilíbrio. É nesse sentido que o ritmo de mudança profunda de nosso tempo, com a rápida globalização que nos coloca num período crítico, acarretou situações irreversíveis, clamando por soluções urgentes, no dilema entre um colapso ou a uma nova civilização. O paradigma holístico rompe, com o mundo mecanicista da modernidade, onde nossa compreensão dos organismos vivos era a de máquinas sujeitas à manipulação e à dominação, introduz a compreensão de um modo sistêmico de conceber a vida em múltiplas dimensões. A concepção sistêmica vê os organismos dentro de uma totalidade dinâmica, onde tudo está inteiramente relacionado com tudo. E esse sistema nos leva a uma abertura para elementos essenciais que, por sua vez, não podem ser compreendidos pelo simples mecanicismo, pois o desenvolvimento de um organismo está conectado a um processo dinâmico e flexível. Essa concepção sistêmica implica diretamente uma outra concepção de ser humano: o ser humano é um ser de relações e não mais um senhor sobre o mundo. Deve caminhar para o equilíbrio, e está em interdependência com tudo o que o cerca, desde as pequenas partículas até às estrelas do Universo.

Fonte – © 2010, por Ervin Laszlo com permissão de Hampton Roads Publishing
Red Wheel / Weiser, LLC Newburyport, MA e San Francisco, CA.
www.redwheelweiser.com

– A interconectividade dos pensamentos –  A dimensão do Akasha – por Ervin Laszlo PhD

Se por um momento toda essa correria parasse a nossa volta, poderíamos fazer uma coleta de nossos pensamentos. Tudo que você precisa é de um momento. Acontece com todo mundo, e mais ainda nos ambientes urbanos e industriais contemporâneos onde o ruído e a pressa ocorrem com maior intensidade. Quantas vezes você se encontra pensando: “Eu só tenho que ficar longe de tudo… longe da corrida louca das coisas, para abrandar e reconectar comigo mesmo, me reconectar com a vida”? Esta necessidade de encontrar lugares e situações onde você pode ser calmo e claro é uma necessidade fundamental de toda a vida. Na verdade, é uma exigência não apenas da vida, mas de tudo o que existe e se transforma em relação com o meio ambiente – em outras palavras, de tudo. Exploramos como a condição de super-coerência é responsável por todos os fenômenos do mundo ao nosso redor que poderíamos descrever como milagrosos, impressionantes, ou incrivelmente não sintonizados. Hoje consideramos o quanto é importante, especialmente neste dia e idade, apregoar sobre estados de super-coerência em relação a todas as pessoas, lugares e práticas que definam nossas vidas.

Estudos em biologia macro-celular descobriram que se você colocar duas células de corações separados por pequena ou curta distancia entre si e não tocá-las , elas rapidamente começam a bater em uníssono. Elas começam cada contração, pulsando, em seu próprio ritmo, e muito em breve elas estão fazendo isso ao mesmo tempo, mesmo que não sejam tocadas. Mas, se há distúrbios no ambiente, tais como os impulsos elétricos ou redemoinhos de água ionizada que fluem em torno delas, eles não vão sincronizar. Então o que é que as conecta? Claramente, elas, de alguma maneira, sincronizam umas com as outras, mas como? É onde tem lugar a Dimensão Akasha. A Dimensão Akasha é onipresente e sempre presente, ela envolve e flui através de tudo. E tudo flui através dela, mas não apenas metafóricamente. Isto significa que as coisas – estrelas , átomos, você e eu – continuamente fluem na existência por meio da ação – ligação – informações da Dimensão Akasha, que incorpora toda a existência e lhe dá ”estruturação” – literalmente, coloca em forma – fenômenos e eventos. O que fazemos, quem somos, e como somos está diretamente relacionada com o quanto e quão profundamente nós acessamos a Dimensão Akasha.

Padrões de comportamento de agrupamento social nos animais, muitas vezes demonstram níveis notáveis de coerência. Um cardume de arenque, um bando de estorninhos, uma manada de zebra – tudo pode agir como um só, com essa coordenação de vontade e é tão uníssono o movimento que o grupo muitas vezes parece ser um só ser. Como esses animais se sincronizam uns com os outros com essa coordenação? No nosso mundo altamente racional de praticidade e bom senso, nós, seres humanos, para nos aproximarmos de performances semelhantes, firmemente coreografadas, chegamos a pensar que temos que treinar como artistas e atletas com alta qualificação, por muitos anos. Mas agora estamos descobrindo que é possível sintonizar e fluir com tanta graça e facilidade. E, de fato, esse tipo de sincronização é tão altamente coreografado que se decompõe imediatamente se a equipe é convidada a participar de uma forma de sincronização livre ou em resposta às mudanças imprevistas no ambiente . Mas, ao aprender a se soltar, deixar de buscar o controle de tudo o que está acontecendo dentro de nós e à nossa volta, somos capazes de “cair” na Dimensão Akasha, onde tudo é possível!

Assistam à Palestra do Dr. Laszlo sobre “Tudo está Conectado no Todo”. Em espanhol:

– Tornando-se disponível

Mais especificamente, as possibilidades de uma dinâmica de coerência acabam ocorrendo e, quando grupos de nós estão coerentemente alinhados uns com os outros, podemos até mesmo experimentar o fenômeno da super-coerência. É tudo uma questão de se tornar disponível para os fluxos de informação da Dimensão Akasha. Assim como você não pode ouvir uma mensagem de alguém, se há um monte de gritos acontecendo ao seu redor, você não será capaz de sintonizar e fluir em harmonia criativa e eficaz com o seu ambiente, se você é muito distraído. Você tem que tornar-se disponível. Como você pode tornar-se disponível para os fluxos de informação da Dimensão Akasha? A boa notícia é que existem muitas maneiras. A má notícia é que isso não vai acontecer apenas desejando. É ao mesmo tempo a coisa mais simples e mais natural do mundo e, ao mesmo tempo, exige foco, atenção e, acima de tudo, prática. E, não, você não tem que se tornar um yogue para dominar esta – afinal, os peixes e os pássaros já sabem como. É certo que a nossa mente não se desliga, algo que os cérebros de pássaros não têm que se preocupar. Estamos constantemente  desordenando a nossa consciência, com um fluxo de comentário sobre o que está acontecendo em nossas vidas, a cada momento. Assim que refletirmos sobre o que está acontecendo ou pensar sobre isso de qualquer forma, não estamos mais em sintonia, não mais vivendo no momento. Nós estamos pensando sobre o que aconteceu destilando em palavras e congelando o momento para que possamos refletir sobre ele. Isso nos coloca apenas atrás do presente, sempre nos aproximando dele, pensando em tudo o que acabou de acontecer, uma vez que está acontecendo, só isso.

Mas se você pode desligar-se do que  chamamos de ”mente de macaco” – que é a parte de sua mente que mantém a vibração constante em sua cabeça, comentando sobre tudo – então você começa a tornar-se mais disponível para os fluxos de informação da Dimensão Akasha. Acalmar a mente de macaco, liberando para o momento (sem a necessidade de “fazer qualquer coisa” com ela, apenas estar presente – totalmente presente) e em seguida, permitindo que suas percepções fluam com o que surge em seu campo de consciência … é a prática. Três passos simples que você pode aprender a cultivar sempre, por toda sua vida: O resultado final é conquistar maior clareza com o que está acontecendo em sua vida, uma maior coerência consigo mesmo, com os outros, com a natureza, e até mesmo com os seus antepassados e aqueles que virão depois de você. Imagine que você é uma célula do coração, batendo no ritmo da sua vida. Você está ciente de todas as outras células ao seu redor, batendo em seus ritmos próprios. E se você soubesse que algo tão fantástico e incrível como um coração fosse possível – algo que poderia bombear grandes quantidades de sangue e animar um corpo inteiro – se você pudesse bater como Um? Esse tipo de super-coerência é possível para nós, como espécie – não apenas possível, mas absolutamente necessária, se quisermos mudar o que está desconectado em nós, o desanimado e destrutivo individualismo estridente. A questão é: você está disponível? Que práticas você tem que levá-lo para o momento não-reflexivo em que você está realmente presente para si mesmo, aos outros, à natureza, e para gerações passadas e futuras de todos os seres?

Fonte: http://ervinlaszlo.com/index.php/publications/articles/96-are-you-available-augmenting-access-to-the-akasha-dimension

Cientistas-Post-06.10.2015-8– O poder do universo de Hardware, Software é a informação

Na última concepção do universo físico que é constituído de materiais e espaço é feito de energia e informação. A energia existe na forma de padrões de ondas e propagação de ondas no vácuo quântico formando espaço, em suas várias manifestações, é o poder do universo de hardware, Software é a informação. O universo não é um conjunto de pedaços de matéria inerte se movendo passivamente no espaço vazio: é um todo coerente e dinâmico. A energia que é o hardware é sempre totalmente in-formado. Este in-formado, com o que David Bohm chamou de ”a ordem implícita” e os físicos agora chamam o “vácuo quântico ou campo do ponto zero” (também chamado espaço-tempo físico, campo universal ou nueter). Esta é a estrutura em treinamento no mundo físico, a informação que percebemos como as leis da natureza, senão, as ondas e padrões de energia do universo-informação seriam tão aleatórias e não estruturadas como o comportamento de um computador sem o software. Mas o universo não é aleatório ou não-estruturados, é precisamente formado. Se fossem menos precisamente ou minimamente informado, sistemas complexos não teriam surgido, e nós não estaríamos aqui para saber como este desenvolvimento tornou-se altamente improvável.

Notável é a concepção do universo como uma informação de matéria-prima, uma espécie de código-fonte que a realidade material se desenrola. O Dr. Lazlo foi recentemente entrevistado pelo jornal argentino Clarin. Reproduzimos aqui alguns trechos:

O que é o Campo Akáshico?

5.000 anos atrás, os sábios hindus, além dos quatro elementos (ar, fogo, terra e água), definiram um quinto que todos eles contém: Akasa, matriz de toda a matéria e força no universo. Eu percebi que a idéia era que eu tentei definir o campo psíquico tão profundamente, que mudou o nome. Hoje, muitos cientistas trabalham com ele.

Você tem uma base científica?

Sim, já publiquei vários livros que mergulham nele. O Campo Akáshico cria coerência entre os diferentes campos (eletromagnético, gravitacional, nuclear, quantum e de Higgs) e explica os vários mistérios da ciência compartimentada, mas é incapaz de explicar, por exemplo, como organismos complexos foram transformados em outra espécies.

Eles são chamados de mutações espontâneas?

Tudo é auto-organizado. Muitos cientistas acreditam que o Campo Akáshico está envolvido na evolução do universo.

Como o universo evoluiu?

Nascendo outro. O big bang é chamado agora o grande salto. Um universo como o nosso vai se expandir até que ele comece a declinar e  a se contrair à uma dimensão quântica, então, toda a matéria no universo termina na cabeça de um alfinete, e, em seguida, a força de expansão é tão forte que ocorre uma explosão que cria novos universos.

E vice-versa?

A informação gerada no primeiro universo é herdada pela segunda, da mesma maneira que um zigoto é a informação principal. O Campo Akáshico é holográfico, informações de toda a imagem estão em qualquer lugar. Tudo está conectado e nada desaparece.

Então, você e eu, nós contêm todas as informações do universo?

Em um estado alterado de consciência que podemos ter acesso a informação que não está no cérebro, mas este é capaz de capturar. O grande erro do mundo moderno tem sido a de considerar tudo o que você não pode ouvir, tocar e ver é uma ilusão. A realidade fundamental não é diretamente observável. Por exemplo, se eu jogar uma pena observar como a gravidade funciona, eu não posso ver o campo gravitacional, apenas o efeito. Todas as forças da natureza estão na dimensão mais profunda e observam os efeitos. Baseio a minha teoria na física quântica, em observações biofísicas dos seres vivos em psicologia transpessoal e na cosmologia que estuda o multiverso.

Leia mais:

http://www.terapiascomplementares.blog.br/AMagiadoSeculoXXI.pdf

http://www.sabiduriarcana.org/documentos-varios/ciencia-campo-akasico.pdf

http://segundasfilosoficas.org/nao-localidade-quantica-e-localidade-metafisica/

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Cientistas-Post-06.10.2015-9– Conclusão e Nota do Blog

As mudanças necessárias são muito mais radicais do que as que aconteceram até agora. O que está mudando é a consciência, há muito poucas pessoas agora que negam completamente que algo precisa ser feito. As pessoas que tentam preservar o status quo têm interesse maior no sistema como ele é hoje. Essas estão tentando reduzir urgência e diluir a mensagem. É cada vez mais difícil diluir a mensagem, mas elas tentam diminuir sua importância. É muito difícil ignorar. Quão seriamente isso é levado depende do indivíduo. O que ainda está faltando é o reconhecimento de que as pessoas podem fazer a diferença, que algo pode ser feito, e que para isso é preciso um movimento de larga escala na sociedade, que alcance a todos e do qual todos participem. Um novo cenário mundial está emergindo, as pessoas que hoje estão crescendo, os adolescentes e jovens adultos, têm uma visão diferente do mundo. Não é mais a visão de um mundo estável, que é sempre o mesmo, e a única coisa que temos que fazer é avançar individualmente. Mas é uma visão do mundo em que sabemos que há pontos críticos. Cresce a consciência de que o estilo de vida de cada um, os valores, os padrões de consumo, as maneiras de comunicar, tudo isso pode fazer diferença. Há a consciência de que podemos nos comunicar mais efetivamente, que qualquer pessoa pode acessar a internet e fazer circular suas idéias. É uma possibilidade a de iniciar novos movimentos. Precisamos de um pensamento novo, de intervenções mais radicais. Para a ciência isso significa trazer ao imaginário público a compreensão de que estamos mudando o equilíbrio natural na biosfera. Mas a biosfera não vai colapsar, ela vai encontrar um novo equilíbrio. No entanto, podemos começar a compreender que o Universo físico é uma totalidade, como já se afirmou no texto, e está constantemente interconectado. Assim rompemos com o Universo newtoniano, onde tudo se movia através de pontos sólidos e mecanicamente explicáveis. No campo da biologia, olhamos para os organismos, não como máquinas, mas como seres complexos, o que se reflete na atual biotecnologia e na engenharia genética. No contexto dessa nova biologia, nasce o conceito da teia da vida como uma totalidade intrínseca e absoluta mais que o conceito de organismo vivo isolado. Nas ciências da consciência assume-se a conexão e comunicação constante entre todas as coisas que coexistem e co-evoluem no cosmos e na biosfera. A consciência humana integra-se na evolução dessa teia de conexões que se estende por todo o planeta. Esse ritmo acelerado da mudança é visto como “macrotransição” por Ervin Laszlo: um processo de mudança rápida e irreversível, com uma variedade de “bifurcações” no sistema, cujo resultado “é decisivamente determinado pela consciência daqueles que dela participam” onde a consciência dos seres humanos influencia também no resultado dessas bifurcações. Sempre houve, na história da espécie humana, mudanças nas relações dos indivíduos entre si e com a natureza, com as respectivas mudanças nas crenças, nas cosmovisões e nos valores. Mas a mudança atual é muito mais rápida e dramática, pois “o urgente massacra o importante” ocasionando uma carência de visão e de orientação. Laszlo relaciona a primeira grande transição na história com a passagem do Mythos para o Theos. Os mitos criados a partir dos fenômenos naturais dão lugar ao contato com o transcendente representado pelos deuses celestes. A segunda transição é do Theos para o Logos, onde o ser humano “torna-se a medida”, e a filosofia ganha rosto. Ora, hoje nos cabe, seguindo sua lógica, reformular a racionalidade do Logos da era moderna, mediante uma reelaboração dos valores, para uma visão melhor da cultura planetária e harmonia da diversidade cultural, nas “condições do mundo com sua globalização e interdependência”. Deve seguir-se, na expressão de Laszlo, uma civilização nova “pós-logos”, de “consciência do Hólos”. Nessa transição para o Hólos, para a integração e amor à integralidade, a existência viva é percebida como uma relação dialética entre os fenômenos e sua essência, entre o particular e o universal, entre a base material e a consciência, entre a imaginação e a razão, entre o espiritual e o material. Da concepção de Hólos emerge um paradigma novo, o Holismo, visão de totalidade, como desafio frente à crise na qual nos encontramos: crise de sentido, crise ecológica, crise social, uma crise do ser humano. E nos obriga a tomarmos uma atitude, não isoladamente, mas inter-relacionada com as mais variadas formas do saber humano, dispondo mentes e corações, com abertura e diálogo, a um agir novo e ético. O Holismo toca no sistema de valores do ser humano, com a sua percepção e significação da vida e do cosmo e questiona duramente o antropocentrismo como razão totalizadora de ser do Universo.

EQUIPE DA LUZ É INVENCÍVEL

Website: ervinlaszlo.com/

Alguns livros do Dr. Laszlo

Cientistas-Post-06.10.2015-10

Bibliografia para consulta

O Campo Akáshico – A Teoria Integral de Tudo – Ervin Laszlo Ph.D

Macroshift – Ervin Laszlo Ph.D
Quantum Shift – Global Brain – Ervin Laszlo Ph.D
The Immortal Mind – Ervin Laszlo Ph.D
Um Salto Quântico – Ervin Laszlo Ph.D
The Self – Actualizing Cosmos – Ervin Laszlo Ph.D
O Terceiro Milênio – O Desafio e a Visão – Ervin Laszlo Ph.D

Nota: Biblioteca Virtual

Divulgação: A Luz é Invencível

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