Você sabe se é emocionalmente inteligente…? – 14.03.2017

Você sabe se é emocionalmente inteligente…? – 14.03.2017

Atualmente sabemos que há pessoas emocionalmente inteligentes. Existem muitos tipos de inteligência: linguística, musical, lógico-matemática, espacial, corporal, etc. Ainda assim, tendemos a acreditar que a única que conta é a que tem a ver com o “quociente intelectual”, o que mede somente a capacidade de aprendizagem em algumas áreas específicas. Felizmente, isto está sendo reconsiderado e, hoje em dia, outros tipos de inteligência, como a emocional, estão ganhando terreno.

A inteligência emocional é definida como a capacidade de administrar e tramitar as nossas emoções com uma finalidade adaptativa. Ou seja, o fundamental neste tipo de inteligência consiste em saber gerir, identificar ou transmitir emoções de forma que os desafios, como tomar decisões ou manipular-nos a nível social, sejam mais simples.

A inteligência emocional não é determinada pela nossa genética. Pelo contrário, ela é sensível à experiência e é suscetível a modificações ao longo do tempo. Isto quer dizer que podemos aprender a ser mais inteligentes emocionalmente como uma ótima maneira de melhorar nossas vidas. Embora as características da inteligência emocional sejam muitas, aqui vamos nos concentrar em três que consideramos as mais relevantes.

— Traços das pessoas emocionalmente inteligentes

— Autoconhecimento

O autoconhecimento é a identificação dos desejos das aversões e daquilo que compõe o nosso mundo subjetivo. É um dos traços próprios das pessoas emocionalmente inteligentes e saudáveis mentalmente. Isto ocorre porque este conhecimento interior lhes confere uma grande vantagem na hora de, por exemplo, prever o seu próprio comportamento diante de determinadas situações.

Esta característica implica um processo profundo de reflexão sobre as nossas potencialidades e nossas limitações. Isso geralmente envolve diferentes ingredientes, tais como a introspecção, a auto-observação, a memória autobiográfica, a autopercepção, a autoaceitação e a exploração. Esta capacidade nos dá o conhecimento necessário para nos diferenciarmos dos demais indivíduos e do meio.

Uma pessoa age emocionalmente de forma inteligente quando é capaz de reconhecer seus pontos fortes e pontos fracos. Esta condição lhe permite se comportar de uma forma assertiva nas diferentes situações. Além disso, podemos dizer que é um atributo que é possível aperfeiçoar com o passar do tempo.

Estudos recentes demonstram que não é correto dizer que todas as capacidades mentais evoluem da mesma forma com o passar dos anos. A verdade é que ocorre uma queda na velocidade de processamento de informação. Mas, em compensação, outras funções são potencializadas e evoluem com o passar dos anos. É o caso da inteligência emocional: ela abranda com o passar do tempo, mas ao mesmo tempo se torna mais profunda e aguda.

— Abertura à mudança

A inteligência emocional estimula a capacidade de enfrentar com a mente aberta tudo aquilo que significa uma melhora para a nossa vida na direção que desejamos. Tudo está em transformação permanente. A vida é como um catálogo de oportunidades. Por isso é importante identificar nossas necessidades, assumi-las e nos enriquecermos com a experiência. Uma pessoa emocionalmente inteligente sabe que mudar por mudar não faz muito sentido. Em vez disso, quando há razões de peso para mudar, ela muda, porque isto marca a diferença entre continuar igual e estar melhor.

As pessoas emocionalmente inteligentes não sentem medo da mudança. Elas têm consciência da importância de serem flexíveis diante da diversidade de situações que se apresentam no dia a dia e às quais devem se adaptar. Elas assimilam as mudanças e as veem como uma oportunidade para atingir os objetivos e serem mais felizes.

Um nível alto de inteligência emocional neste aspecto nos permite um melhor desempenho no campo profissional, pessoal e social. Ela nos torna mais fortes diante das críticas negativas e também mais capazes de tolerar eficazmente altas doses de estresse. Quando conseguimos dominar este aspecto, evoluímos significativamente.

— Vocabulário emocionalmente amplo

A vantagem desta competência é que quem a desenvolve conta com a capacidade para definir suas emoções com clareza e precisão. Isso impede que entremos em estados de confusão e estagnação que anulariam o nosso critério e seriam como obstáculos à nossa maneira de nos desenvolvermos. Muitos conflitos surgem por falta de precisão na hora de definir nossos sentimentos, algo que causa mal-entendidos.

Muitas pessoas definem seu estado emocional com um “me sinto mal”, o que acaba por ser muito ambíguo. Que tipo de mal-estar é esse? Quem aplica a inteligência emocional especifica a razão do seu mal-estar, inclusive com inúmeros sinônimos: me sinto aborrecido, ansioso, frustrado, irritado, cansado, etc.

As pessoas emocionalmente inteligentes não ocultam suas emoções, as reconhecem e têm a capacidade de compreender as dos outros. Elas diferenciam o significado de cada emoção e o contexto em que ela se produz. São capazes de controlar a magnitude de suas emoções e as expressam corretamente: não são escravos de suas emoções. Pelo contrário, elas usam a seu favor a energia que há nelas.

Visão pessoal…

Qual foi a sua desculpa para não mudar no dia de hoje? Um exemplo: Talvez você pense que é muito velho para aprender chinês ou que isso que você deseja pode esperar. Talvez você não tenha coragem de perseguir esse objetivo que você se propôs com tanto entusiasmo porque está começando a se cansar e a duvidar. Não é medo, não implica ter a capacidade ou não, também não se trata de segurança. Tudo isto é fruto das suas desculpas, de motivos que a sua mente inventa e nos quais você se apóia. A diferença entre aquelas pessoas que têm uma vida aceitável e aquelas que têm uma vida excelente não é a ausência de medo, mas sim a ausência de desculpas. Todos sentimos medo, já que é uma emoção natural (mas não devemos permitir esta sensação). É verdade que muitas vezes ele nos bloqueia, nos paralisa e não nos deixa seguir em frente com o que desejamos. Contudo, não nos leva a jogar a toalha. Esta atitude vem de nós mesmos por vontade própria, nos escondendo por trás de diversas desculpas que não têm razão alguma de ser. O temor nos leva a elas, a insegurança também, assim redirecionamos nossas sensações para o extenso mundo das desculpas. Vamos supor, por exemplo, que você esteja tentando ser mais responsável ou está pensando em mudar de trabalho porque o que você tem agora não o satisfaz. Sem dúvida, você tem um objetivo claro, mas lhe falta alguma coisa. Talvez você tenha dúvidas e não saiba se será capaz de conseguir isto, ou você esteja começando a pensar que talvez não valha a pena. Sem perceber, você adia. Procrastinar/adiar, é deixar para amanhã o que você pode fazer hoje mesmo, mas que por diversas circunstâncias decide postergar. Isto significa que na verdade você não está tão comprometido quanto imagina. Quando a gente quer alguma coisa de verdade, procura que isso se arraste o menos possível no tempo. Não existe “mas”. Amanhã talvez você não tenha a oportunidade que o hoje lhe oferece. As coisas se conquistam movendo as fichas, e não olhando o tabuleiro de forma passiva. Suponha que você tem uma personalidade que lhe causa problemas nos seus relacionamentos interpessoais e inclusive no seu trabalho. Várias vezes você recebeu chamadas de atenção e respondeu com um “sim, preciso mudar meu jeito de tratar as pessoas que me rodeiam”. Você considera que os outros têm razão e você também não gosta muito de como age em certas ocasiões. Contudo, com o passar dos dias tudo continua igual. A grande pergunta é: por quê? Somente agindo, fazendo, mexendo as fichas, você conseguirá tornar realidade tudo aquilo que deseja. A resposta está no fato de que pela sua mente constantemente passa a palavra “amanhã”, contudo, quando chega o dia seguinte você já se esqueceu. Você não está comprometido de verdade com a mudança porque a preguiça ganha, talvez você considere no seu foro interior que já é muito velho para modificar certos aspectos seus. Contudo, isto é uma falácia. A idade pode ser um condicionante, mas o que nós mesmos pensamos tem um peso muito maior. O problema do ser humano é que às vezes ele engana a si mesmo para acreditar que está fazendo alguma coisa útil, quando na verdade não se mexe para conseguir o que deseja. Cada desculpa nos faz sentir melhor, vítimas de certas circunstâncias que nos impedem de alcançar o que desejamos. Contudo, isto é uma grande mentira. Pense: você quer conseguir o que diz ou fala da boca para fora?

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Recomendo…

Fonte – Monicavox

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