Aprenda como controlar o estresse… – 13.02.2017
O estresse é um dos nossos piores inimigos. Você pode estar estressado porque você tem muitas coisas para fazer, ou porque você tem muito tempo livre. Todos os extremos são ruins. Em ambos os casos, você deve colocar em ação as ferramentas para controlar o estresse e recuperar a estabilidade necessária que permitirá que você continue com suas atividades diárias. O estresse provoca e acelera muitas doenças, então você precisa dominá-lo. Há algumas coisas simples que você poderá fazer e que irão ajudar a controlar esse mal que, muitas vezes, busca assumir o controle.
Hoje em dia é muito fácil acessar uma agenda interativa. É provável que o seu telefone tenha um calendário onde você possa anotar suas atividades importantes. Se não tem, você só precisa baixar um e instalar. Essas agendas são de grande utilidade porque elas avisam meia hora antes de iniciar uma atividade agendada, se você assim a programar. Este primeiro passo é um dos mais importantes, porque o estresse é muitas vezes causado pela falta de controle. Quantas vezes você já iniciou uma atividade pela manhã e só veio a terminá-la algumas horas mais tarde porque você colocou um monte de outras tarefas no meio do caminho?
É essencial que você escreva tudo o que você tem que fazer, inclusive as coisas mais simples. Desta forma você evita, por exemplo, chegar em casa sem ter feito as compras. Se na maioria das vezes você estiver ciente do que tem que fazer, você evitará o estresse de tomar estas decisões.
— Faça intervalos para distrair a sua mente
A maioria de nós tende a pensar que o horário de trabalho é um bom indicador da nossa produtividade. A realidade não é tão simples e a nossa concentração tem limites. Se ultrapassamos este limite, começamos a cometer erros, e o que é pior, ficamos com um péssimo humor. Uma boa ideia para que isto não aconteça é tirar 10 minutos de descanso a cada 50 minutos de trabalho. É focar em outra questão. Se você não pode resolver ou cuidar especificamente do assunto que você quer resolver, dê um tempo. Certamente quando você está pensando em outra coisa, distraído, a solução virá à sua mente. É bom relaxar e deixar sua mente descansar para ver as coisas de um outro ponto de vista.
— Faça da música a sua melhor companhia
A música poderá ajudá-lo se você souber como utilizá-la. A música vai ajudar a sua mente a relaxar e a dispersar; há tipos de músicas que favorecem a nossa concentração e atenção. Embora existam orientações gerais e listas de reprodução que são configuradas para cada momento, o melhor é você escolher as suas preferidas, porque cada organismo é diferente. Uma música que ajude a liberar a tensão acumulada poderá também ajudá-lo em qualquer outra tarefa que você deseja executar.
Além disso, se queremos usar a música para trabalhar melhor, poderemos ouvi-la, pelo menos no início, em tarefas mais sistemáticas. Em tarefas complexas que exigem toda a nossa capacidade, com raras exceções, a música age como uma distração. Finalmente, todos nós sabemos sobre a potencial influência que a música tem sobre o nosso estado de espírito. Assim, podemos usá-la para agir diretamente sobre ele e, indiretamente, no estresse.
— Dedique-se a uma atividade da qual você goste
Agora você tem o principal organizado e anotado. Então, permita-se se libertar-se de suas preocupações. A música irá ajudá-lo, mas é necessário que as atividades obrigatórias ou desagradáveis se intercalem com algo que você goste.
Lembre-se de que seu tempo é valioso. As atividades das quais gostamos nos dão um descanso necessário e restabelecem a ligação com nós mesmos.
Não se esqueça de improvisar e incluí-la em qualquer atividade que não goste muito de fazer e também naquelas que você não sabe bem quando irá terminar. Você está no controle, mas isso não significa que você deva ser um repressor da sua máquina de desejos, ou que você tem que ser condenado a uma vida espartana e regrada.
— Faça da rotina a sua aliada
Procure fazer com que a realidade se encaixe bem para você, assim você poderá gerar um maior sentimento de bem-estar. Com isso, queremos dizer que há pessoas que se sentem muito à vontade em uma rotina, enquanto outras não. Conheça a si mesmo e não se prive de estabelecer sua rotina da forma que ela funcione melhor para você.
Em suma, seja inteligente quanto a organizar e interromper o seu tempo. Isso irá diminuir as chances de que o estresse se torne crônico ou agudo, e irá evitar que suas consequências fatais apareçam em sua vida.
O estresse é uma resposta vital em meios altamente competitivos. Antes de uma corrida, de um exame ou de uma reunião importante, o batimento cardíaco e a pressão sanguínea sobem. A pessoa fica mais focada, alerta e eficiente. Mas, ultrapassado um certo nível, o estresse sobrecarrega o organismo, comprometendo o desempenho e, por fim, a saúde. O médico Herbert Benson, fundador do Mind/Body Medical Institute e professor da Harvard Medical School, tem mais de 35 anos de pesquisa nas áreas de neurociência e estresse. É mais conhecido, pelo best-seller “A Resposta do Relaxamento”, no qual explica como a mente pode influenciar o nível de estresse através de práticas como a meditação. Sua pesquisa mais recente gira em torno do que chama de breakout principle – o princípio de ruptura -, método pelo qual o estresse, em vez de simplesmente reduzido, é cuidadosamente controlado para que a pessoa colha os benefícios e evite os riscos. Benson descreve um processo no qual a pessoa primeiro se concentra num problema para chegar ao nível de estresse mais produtivo. Quando começa a sentir o baque, deve buscar fazer algo totalmente distinto – caminhar, brincar com o cachorro, tomar uma ducha. Na terceira etapa, com o cérebro mais tranquilo, a atividade paradoxalmente aumenta em áreas associadas à atenção, a conceitos de tempo-espaço e à tomada de decisões, gerando um súbito insight criativo – o breakout. A etapa final é a chegada a um “estado novo-normal”, no qual o rendimento maior é sustentado, às vezes indefinidamente. Por mais contra-intuitiva que tal pesquisa possa soar, qualquer gerente sem dúvida recorda as vezes em que teve um súbito momento de “eureca” na academia, no chuveiro, no golfe. O que Benson descreve é um jeito de explorar essa inestimável ferramenta biológica sempre que quisermos. Segundo estudos citados pelo órgão americano National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH), cerca de 40% dos trabalhadores sentem que a carga de trabalho, pressão e exigência sobre eles é tamanha a ponto de gerar ansiedade, depressão e outros males. E o problema está piorando devido à competição maior, a rápidas mudanças no mercado e, em certos países, à interminável onda de más notícias sobre desastres naturais, ataques terroristas e a economia. O American Institute of Stress calcula que, hoje, cerca de 60% das consultas a um médico no país resultam de problemas e doenças ligados ao estresse. No campo neurológico, o que ocorre é o seguinte: ao topar com um fator estressante no trabalho (um funcionário difícil, uma negociação dura, um prazo apertado, ou algo pior), somos capazes de lidar com o problema por um breve período antes que surjam os efeitos negativos. Se formos expostos por períodos longos demais ao reflexo de fuga ou luta, a pressão ficará muito grande e nosso sistema será inundado pelos hormônios epinefrina, norepinefrina e cortisol. Isso faz subir a pressão, o batimento cardíaco e a atividade cerebral, efeitos bastante prejudiciais com o passar do tempo. Nossas últimas descobertas indicam, porém, que se abandonarmos totalmente o problema naquele momento, através de certos mecanismos, o cérebro se reorganiza de modo a gerar uma comunicação melhor entre os hemisférios. Com isso, fica mais capacitado a resolver o problema. A Neurociência descobriu que, ao elevar o nível de estresse até o alto da curva e, em seguida, cortar o combustível desse estresse com uma atividade calma e revigorante, a pessoa poderia acionar a resposta do relaxamento, que neutraliza os efeitos negativos dos hormônios do estresse. Estudos moleculares já revelaram que a resposta relaxante libera “lufadas” de óxido nítrico, ligado à produção de neurotransmissores como endorfinas e dopamina. Essas substâncias químicas acentuam a sensação geral de bem-estar. Quando o cérebro se acalma, ocorre outro fenômeno, que chamamos de “calma comoção” – uma alta focada de atividade -, em áreas do cérebro associadas à atenção, a conceitos de tempo e espaço e à tomada de decisão. Ao ativar a resposta do relaxamento, a pessoa tem um súbito lampejo de criatividade, no qual a solução para o problema fica aparente. É um fenômeno momentâneo. Em seguida, a pessoa entra num estado no qual o desempenho melhor é sustentado, o que chamamos de “novo-normal”, pois o efeito transformador fica latente e pode ser retomado indefinidamente pelo indivíduo. É uma questão de aprender a mudar deliberadamente a biologia interna (Epigenética) de modo a aumentar a produção de óxido nítrico e de neurotransmissores associados ao bem-estar e à maior criatividade….
Inspiração…
Harvard Business Review
Efeitos de um estresse social sobre a atividade imune … – Teses USP
A gestão das organizações e a neurociência – Mestrado Profissional
Recomendo…
Fonte – Monicavox