O Mito de Adão e Eva e o Tabu do Sexo – 08.04.2015

O Mito de Adão e Eva e o Tabu do Sexo – 08.04.2015

O Mito de Adão e Eva segundo as Escrituras

Atualmente, vários pesquisadores bíblicos, teólogos e religiosos admitem que as informações contidas no Antigo Testamento foram traduzidas, em grande parte, por uma linguagem simbólica, metafórica. Assim, torna-se difícil interpretá-la literalmente. A própria Ciência vem comprovando fatos que contradizem uma versão literal das Sagradas Escrituras, como a questão da criação do mundo em seis dias, que na verdade, cientificamente, corresponderiam a seis eras geológicas.

Assim, a história de Adão e Eva, narrada tanto na Bíblia quanto no Alcorão, refere-se a um suposto casal primordial criado por Deus, os primeiros seres a habitarem o Planeta, o homem criado do barro e a mulher, sua metade complementar, gerada de uma costela extraída dele. Mas, na realidade, este seria mais um símbolo judaico-cristão e islâmico. A palavra “Adão” vem do hebraico Adam, significando “ser humano, humanidade”, portanto dificilmente se referiria a um homem específico.

Há algumas hipóteses levantadas por estudiosos, segundo as quais “Adão” poderia ser o nome do ser mais antigo já conhecido; denominar um clã, ou seja, um grupo liderado somente por homens; ou nomear um agrupamento coletivo predominantemente masculino. Há mais um dado curioso que reforça a simbologia bíblica. A expressão Adam nasce de outro termo hebraico, ADaMaH, que denota “terra fértil”. Sob esta roupagem esta palavra intensifica seu significado, porque a fertilidade desperta imagens de cultivo, coleta dos frutos da semeadura, alimento, sobrevivência. Esta questão era crucial nos primeiros tempos da Humanidade, tanto assim que eram muito difundidas nesta época as divindades ligadas à fertilidade.

Da mesma forma a palavra “Eva” também não representava uma mulher em especial, pois ela vem do hebraico HaVVaH, “mãe dos viventes”, associada também ao verbo HaYaH, com o sentido de “viver”. Muitos estudiosos realizaram com este termo o mesmo processo acima descrito, supondo que ele pode se referir ao nome da primeira mulher a existir entre nós; ao título de um clã feminino ou ao codnome de um conjunto coletivo composto principalmente por mulheres.

Segundo os textos sagrados, este casal teria sido gerado à imagem e semelhança de Deus, preparados para deter o poder absoluto do Planeta. Eva representaria o papel reservado à mulher, de auxiliar do masculino, a quem completaria ao tornar-se uma única carne com ele, o que já indica a espécie de ligação que deve existir entre ambos. É o “Casamento Alquímico”, estudado no Esoterismo, Hermetismo e na Alquimia.

Mas, na verdade, Eva não teria se comportado como mera coadjuvante, pois assume o papel principal ao ser seduzida pela serpente e comer o fruto proibido da árvore do conhecimento, o qual ela também oferece a Adão, e lhes propicia assim distinguir entre o bem e o mal, ou seja, lhes oferece o caminho da luz, que significa esclarecimento, conhecimento. Ao conquistar o livre-arbítrio, o poder da escolha, o Homem se torna responsável por seu destino, e com certeza o peso desta obrigação o retira para sempre do Paraíso, que poderia facilmente ser comparado ao estágio da infância, quando o ser ainda não detém o saber e a consequente necessidade de responder legalmente por seus atos.

É assim que a Humanidade herda o pecado original, supostamente cometido por Adão e Eva, condenada assim à imperfeição, à morte e à busca da redenção. Embora a Igreja Católica aceite a Teoria da Evolução, pois é um território científico, que não atinge as questões de fé, ela não admite a existência inicial de vários casais que teriam gerado a espécie humana como a conhecemos, que na verdade, são raças de vários Orbes extraterrestres que por aqui passaram e foram considerados nossos “deuses” do passado (ver bibliografia no final).

O teólogo questiona essa narrativa do ponto de vista lógico, seguindo pesquisas históricas que levantam inclusive a hipótese de um grupo designado por Adão, ter encontrado um agrupamento feminino intitulado Eva, e ambos terem interagido, se reproduzido, formado uma descendência. (?)

Sob o ponto de vista judaico, o Homem, por ser gerado à imagem do Criador, seria uma espécie de microcosmo das forças criadoras, tese da qual se origina a Cabala. Segundo Maimônides, o Homem é o único ser criado por Deus a deter o livre-arbítrio, qualidade vista como uma virtude divina (?). Esta visão acredita em um plano primordial realizado por Deus, um molde adaptado ao corpo do primeiro Homem, conhecido como Adam Kadmon. Deixemos aos leitores, a meditação e a análise pessoal do que foi disponibilizado como informação aqui. 

O TABU DO SEXO E COMO É ENCARADO NOS DIAS DE HOJE 

O sexo, admirável fonte de felicidade e prazer, devido ao fácil apego que gera, sempre foi causa também de sofrimentos e deturpações. Prostituição e exploração sexual existem desde tempos imemoriais, mas atualmente adquiriram uma dimensão tal que o sexo, associado à propaganda, estimulado pela mídia e incentivado como uma maneira de viver, desviou-­se totalmente da fonte de alegria e prazer que sempre foi. A banalização do sexo veio como consequência da banalização do amor. Não deveria haver problemas ou proibições religiosas, exigências de celibato ou cobranças de fidelidade, mas como se perdeu a noção do que seja o amor e esse foi substituído pelo apego, gerando ciúmes, vinganças e desejos irrefreados de repetição do prazer sexual, o sexo acabou se tornando um problema a ser enfrentado e combatido.

Procuramos incansavelmente uma vibração chamada AMOR, focalizando essa busca muitas vezes na manifestação da nossa sexualidade. Dentro desse aspecto, a nossa humanidade foi drasticamente “marcada” por falsos conceitos sobre a verdadeira origem e poder da energia sexual. Mais uma vez fomos manipulados, de um lado, por interesses fanáticos que nos incutiram culturalmente as ideias de pecado, vergonha e culpa a respeito do sexo e, de outro, por “postulados” que, visando uma suposta libertação nesse aspecto, levaram muitas pessoas a acreditar que com o uso e abuso do sexo poderiam alcançar os “céus”. Tanto uma como a outra destas duas “posturas” foram sustentadas com o intuito de manipular essa “preciosa” força criadora e curadora que chamamos de energia sexual, afastando­-nos mais uma vez da nossa essência divina.

Hoje, devido às mudanças energéticas e frequenciais que o planeta vem sofrendo, estamos sendo, mesmo que inconscientemente, “empurrados” a mudar nosso foco de entendimento a respeito destes assuntos para poder dessa forma nos alinhar com essas grandes transformações. Para isso a nossa energia sexual precisa ser trabalhada e curada. Desde o ponto de vista físico, quando fazemos uso dessa energia durante o ato sexual, estamos interagindo com nosso sistema glandular que responde liberando uma série de substâncias e hormônios. No momento que interagimos com este sistema, estamos também acionando as energias e cargas contidas em nossos chakras, que durante o ato sexual sofrem importantes mudanças e passam a criar uma série de pontes sutis entre ambas as partes, permitindo a troca energética entre as mesmas. Quando se tem uma experiência sexual e os chakras não estão alinhados e “limpos”, a mesma torna-­se energeticamente desgastante pelo mau direcionamento da energia e pela contaminação de elementais negativos de ambas as partes. O chakra básico e sexual são os centros de maior interação numa relação sexual deste tipo e também os que mais sofrem com as cargas negativas que absorvemos durante as mesmas.
Lembrando também que quando interagimos apenas com estes dois chakras estamos ativando só duas das doze fitas do nosso DNA original. Hoje, grande parte da humanidade pratica sexo sem consciência, muitas vezes usando drogas e bebendo álcool, camuflando suas inseguranças e medos, abrindo dessa forma, portais para energias densas e umbralinas que se alimentam dessas experiências. Quando o homem busca se relacionar sexualmente com sua parceira apenas para descontração, divertimento ou para se libertar do stress, passa a “contaminar” energeticamente a mulher que é a receptora, podendo a mesma sofrer as consequências disso no nível físico, apresentando distúrbios ou desequilíbrios no seu aparelho reprodutor.

Sem falar logicamente nas doenças sexualmente transmissíveis, drama da nossa atual sociedade. Mas não é só a mulher que “sofre” essas consequências, ela também pode seriamente interferir negativamente na energia de seu parceiro; apenas, ela por ser “receptora”, sofre mais as consequências. Toda vez que determinada pessoa convida outra à comunhão sexual ou aceita de alguém um apelo nesse sentido, em bases de afinidade e confiança, estabelece-­se entre ambas um circuito de forças, pelo qual a dupla se alimenta psiquicamente de energias espirituais em regime de reciprocidade. Podemos questionar: Sem amor, por que querer nos ligar a alguém que pouco ou nada conhecemos?

CONCLUSÃO

O verdadeiro amor não é possessivo e não busca incessantemente o sexo, pois por si só já é desapegado e fonte inesgotável de prazer. Porém, atualmente, quando se fala de amor, fala-­se de satisfação de carências do ego. Ama-­se com o cérebro e não com o coração. Ser atraente sexualmente e “livre” é a moda atual e vive-­se em busca de valores sensoriais. Na falta de uma maneira mais profunda de se viver, mergulha-­se no prazer dos sentidos como uma fuga, e o sexo é o maior desses prazeres. A sexualidade que deveria ser uma ponte em níveis mais elevados de consciência, perde-­se no instinto e no apego sensorial, e erra o alvo correto que deveria ser a espiritualidade e a ligação espiritual/amorosa entre dois seres. O Amor unido ao sexo é uma força tão divina e linda, que não pode jamais ser levada como uma simples satisfação física, já que envolve a Kundalini, a maior força do Universo físico no homem.

E SOBRE O AMOR

Quem ama sente-­se capaz de amar sempre e de novo, e mais uma vez, se preciso for. O desafio, então, é aprender a amar de verdade. Aprender a construir em si um amor que não seja esquecido no primeiro erro do ser amado, que não se esconda quando o ego não se sentir atendido em seus desejos ou caprichos. Amor que consiga enxergar suas próprias necessidades permanecendo em contato com as necessidades do outro, criando um equilíbrio no querer. Afinal, o amor não está no que os olhos vêem e sim, no que o espírito percebe e sente.

Uma metáfora que define/ilustra exatamente a base de um relacionamento baseado no amor;

“Se quero possuí-lo (a), corto suas asas e o (a) deixo a meu lado para sempre; Se amo, gozo vendo suas asas crescerem e voarem. Amarei intensamente o que ele (a) fizer com essas asas e desfrutarei com ele (a) o que está vivendo hoje, já que são essas mesmas asas que sempre o (a) trarão de volta para mim… feliz”. – Mônica F. De Jardin.

Nós da “Luz é Invencível”, com esta matéria, estamos mais uma vez trabalhando crenças limitantes e esta nos acompanha há muito tempo, principalmente com relação ao pecado do sexo e a culpa da mulher por esse pecado, o que é uma ”mentira fabricada” por Igreja e religiões; As mesmas que sempre detestaram o poder feminino, já que esse poder, aliado à força masculina, transforma o ser humano em um ser completo, imune à manipulações, oportunismos e culpas. Enfatizamos que a Nova Terra precisa desta união perfeita, desta simbiose entre os sexos, pois celebrar e unir as diferenças é o objetivo das forças que nos impulsionam. Outra raça mais equilibrada surgirá e o amor voltará a ser a força primordial, a alavanca para uma nova sociedade mais igualitária, justa, amorosa e feliz.

“Ser profundamente amado por alguém nos dá força; amar alguém profundamente nos dá coragem.” – Lao-Tsé

Bibliografia para consulta

1 – La Science de la Religion – Max Müller
2 – Cânon e História Social – Frank Crusemann
3 – A Gênese – Allan Kardec4 – Cristianismo e Paganismo – A Conversão da Europa Ocidental – Jucelyn Nigel Hellgarth
5 – O Poder do Amor – Vera Faria Leal
6 – Histoire Philosophique du Genre Humain – Fabre d’ Olivet
7 – Pense com Amor –  Jenny Hare
8 – Sexo –  Flávio Gikovate9 – Vestigés des Principaux Dogmes Chrétiéns – R. P. De Premare
10 – Introduction de L’histoire des Religions – Theodore Robinson
11 – Vida e Sexo – Chico Xavier 

Nota – Um PDF da série Crenças e Dogmas Limitantes está disponível em Biblioteca Virtual.

Divulgação: A Luz é Invencível

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